terça-feira, 3 de maio de 2011

Choco, uma homenagem

A primeira grande amiga da vida do meu filho foi a Choco. Desde que ele chegou da maternidade e ela cheirou seus pezinhos. Ali começou uma devoção da Choco com ele e um carinho tão lindo e tão inocente dele com ela, que não dá para contar em palavras. Quem já viu alguma cena dos dois sabe do que estou falando.

A Choco, com suas enormes pernas (a gente dizia que ela era a Anna Hickmann dos cachorros) ficava abaixandinha, engatinhando em quatro patas, quando Pedro era engatinhante, para ficar da altura dele. Ele, por sua vez, dava remédio, água e comida na boca dela nestes últimos dias, e já deu muitas bananas, biscoitos e até leves pancadas com seu martelo de plástico, que ela adorava. Cuidaram um do outro durante todo o tempo em que estiveram juntos aqui nesta vida. Brincaram muito, aqui no nosso quintal e lá na primeira casa.

Na vila em que morávamos, eu e Pedro saíamos duas vezes por dia para passear com a Choco. Eu prendia a guia no carrinho de bebê e lá íamos os três. Choco, muito boazinha, ia cuidando dele, sempre muito calma, mas não gostava que viessem passar a mão no bebê, sentava embaixo do carrinho enquanto eu batia papo com minha vizinha, e ficava apenas olhando. Sempre. Com aquela cara de Choco, semi dormindo, semi acordada, vigiando ele. Eram cumplices do cadeirão, ele discretamente jogava no chão o que não queria, ela vinha sutil (o tanto quanto é possível ser sutil para um cachorro de mais de trinta quilos) e rapidinho dava no pé, eles achavam que eu não notava. Eu morria de rir. Um dia eu perguntei para o Pedro o que a gente ia fazer hoje, achando que ele ia dizer “passear” ou algo assim, e ele disse: dar banho na Choco! Simplesmente assim, todo apaixonado, amava dar banho com Lufe na pobre (a Choco detestava água, mas aceitava o banho como uma pena que tem que ser cumprida para morar aqui com a gente.

Mas não pense que a Choco era só boazinha, ela não gostava de receber ordens, na aula de adestramento ficava bufando, fora que quebrou alguns lindos vasos de planta, puxou roupas do varal, e cavucava terra e tudo mais que encontrasse pela frente. Até um buraco no muro de tijolos a Choco cavou, com toda a energia de um filhote. Era obcecada por papelão, comia todos sempre que tinha oportunidade. Talvez porque durante seus primeiros meses, morou em uma caixa de papelão. E também amava pinhas, no sitio, se acabava em seu reino das pinhas. Tenho fotos. Lindas. Além de tudo, a Choco era linda, e este era apenas o começo de toda a sua lista de qualidades. Vai nos fazer muita falta, nossa querida amiga.

Este é o último vídeo que fiz dos dois juntos, no inicio de fevereiro. É uma delicia ter estes arquivos e poder assistir, rir e guardar tantas boas memórias destes quase cinco anos em que vivemos com a Choco e dos quase três em que vimos Pedro, o bebezinho, crescendo com o cachorrão. Ela se derretia por ele, e a gente por ela. Vamos encarar, vamos tentar, pelo menos, fazer como o Pedro. Ele continua feliz, brincando, rindo, totalmente vivendo o presente. Não está pensando no passado e nem lamentando nada, está apenas aceitando que a Choco foi, e tudo bem, amamos muito ela, agora vamos brincar. Momento presente. Aqui, agora. É isso que eu quero aprender. É difícil, mas não é impossível, não é mesmo?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


A chegada do irmãozinho

Estamos chegando no final da gravidez e em plena reforma dos banheiros da casa. A obra está super atrasada, vários imprevistos, stress e tudo aquilo que faz a pessoa se arrepender e prometer não passar por isso nunca mais. Então, por nossa conta, contratamos um ajudante de pedreiro para agilizar o processo aqui. Eis que no sábado o cara chega pela primeira vez. Estávamos eu e Pedro na cozinha, quando toca a campainha. Como sempre, Pedro pergunta:
- Quem cêgo mamãe?
- O José Nildo, filho.
- O zuzé? (José) O Zuzé chegou? (pulos e gritos). AHHH, o Zuzé chegou (sai correndo em direção a porta). O Zuzé da baiiga da mamãe cêgo!!! Vamo lá, vamo lá!
Foi aí que eu percebi que ele estava entendendo que era o nosso José, o irmãozinho, que havia chegado. Aquele que todos falam que "está chegando" que "vai chegar logo" , tocou a campainha e foi chegando. Tive que decepcioná-lo:
- Não, Pedro, nao é o nosso José. É outro José, o José Nildo, que vem trabalhar aqui em casa. O nome dele é Zenildo.
- Oto Zuzé?
- Isso, outro José.
Expliquei e ele compreendeu mais facilmente quando viu o ajudante de pedreiro entrando pelo portão, que provavelmente em nada se parecia com o nenê da barriga que ele imaginou ou pelo menos com o que nós descrevemos que será (pequenininho, um bebê que mama e dorme, etc).
Fiquei rindo sozinha, emocionada, por perceber que na visão do Pedro a chegada do irmão poderia ser simples assim.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quase dois anos


Já estamos perto do segundo aniversário! como passou rápido! Pedro está aprendendo tudo tão rapidamente que me impressiona. A cada dia são novas palavras que escuto saindo da sua boquinha. É tão rápido o aprendizado, que chego a sentir saudades das palavras que ele dizia errado, quando passa a dizer corretamente. Até ontem ele chamava a colher de panela. Hoje, subitamente, chamou de colher. Sempre chamou a choco de au-au, agora chama de côco ou coquinho. De repente sabe cantar parabéns a você, falando direitinho "felicidades", quando tenho certeza que ele está apenas repetindo o som, não tem a menor ideia do que de fato é felicidade.

Para mim e para Lufe, felicidade é estar com ele, sempre. Ouvir sua voz tão doce, cantando "sem a tua" e o "pato pateta", suas músicas preferidas, mexer no seu cabelinho ou sentir seu carinho, isso é felicidade.

O que ele mais gosta atualmente é mais ou menos o que a vida tem de melhor: praia e campo. Adora o "titio" (sítio) do vovô e a páia. Toda vez que entra no carro, pensa que o levaremos a um destes lugares deliciosos. E sempre que podemos, levamos. Aqui mais uma imagem perfeita de um dia perfeito em um lugar perfeito, simplesmente por ele existir!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pedro está aprendendo várias palavrinhas, e as que mais gosta sao os nomes de bichos. Além de repetir o nome, ele gosta de imitar o bicho. Dentre os seus favoritos, se destacam a mumú (vaquinha) e o potó (cavalinho). Comprei um livro ilustrado de bichos da fazenda e ele amou, mostra incansavelmente para todo mundo os animais. Todo mundo mesmo, incluindo a Choco. Pedro vêm tentando ensinar a cachorra a ler e folhear seu livrinho! Depois de algumas vezes presenciando esta cena tão hilária e tão fofa, consegui filmar um pouco deste momento tao fofo de amizade! vejam!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Falando e encantando


Estamos amando esta fase de começar a falar! Lufe diz que bebês já deviam nascer com um ano e meio, pois é muito delicioso e maravilhoso este momento. Ele anda aprendendo rápido a fala e já domina umas 20 palavrinhas, sendo as preferidas: mamaí, papaí, nene, papa (comida), agua, naná, bola, au-au, mu-mu (vaca), bobo-eta, ban-ban (tomar banho), ene (esse), uco (suco), bobo (bolo); pan-pan (pão), Tata (minha irma), vovô, vovó, ilho (milho); brum-brum (todos os carros e carrinhos e coisas com motor) e por aí vai!


ah, claro, e a palavra que ele mais tem usado (possivelmente porque descobriu o quanto é poderosa, até porque pai e mãe falam muito) é NAO. Fala não para tudo, sem nem saber o que é, pelo simples prazer de dizer....hum, não.


Outra coisa emocionante nestes últimos meses foi o batizado. Foi feito numa linda capela, com poucas pessoas e muita sinceridade. Adorei.

Aqui vai um videozinho e uma foto desta fase incrivel


segunda-feira, 22 de março de 2010

o menininho e o mar

Nada é mais delicioso do que ver nosso pequenininho de um ano e cinco meses correndo em direção às ondas! Ele ama o mar, as ondas, a areia, a praia, a liberdade que ela oferece! Ontem ele aprendeu a falar thibum quando caia na água! E mesmo depois de alguns caldos, não se intimidou, continuou enfrentando bravamente as ondas e se jogando na água de braços abertos, para desespero dos pais :)

aqui vão vídeos!