domingo, 7 de outubro de 2012

Quatro anos: o dia em que a escola veio em casa

A Casa e Escola? Onde começa uma e termina a outra? Somos muito privilegiados porque, na Arte de Ser, a casa e a escola são como dois braços acolhendo a criança. Juntos, com muito amor, no mesmo ritmo. O aniversário do Pedro de 4 anos foi um dia em que, ao invés de ser celebrado na escola com os amiguinhos, escola - e amiguinhos - vieram à sua casa. Professora Lorenza contou a historia, a emocionante historia sobre como Pedro era uma estrela lá em outro planeta, no castelo de cristal, e decidiu vir para a nossa família. Chorei sentada no chão da sala da minha sala, observando Pedro abraçado com os amiguinhos, foi uma delicia. Me senti, como a formiguinha dentro da sala de aula, afinal, o que eu sempre quis ser!

 




Depois da história e de receber delicados presentinhos e lindos desenhos que ganhou de aniversário, veio o lanche, bolo e parabéns, a melhor parte da festa! Brincaram muito. Nossa casa assumiu as vezes de pátio da escola no final de tarde da sexta-feira. Em pouco tempo, meu quintal ficou forrado de brinquedos e de alegria e a bagunça foi tanta que talvez nunca mais encontremos alguns objetos perdidos! Brincaramcom harmonia e leveza. No horário da saída, aos poucos foram chegando os pais para buscar seus filhos e assim também, nós adultos confraternizamos: um suco, um bolo, um bate-papo, sem tanta pressa para sair. Famílias que vão ficando amigas, escola amiga da família, família que ajuda a escola, somos um ciclo de apoio. Escola, família, casa. Assim está girando a roda da infância. Definitivamente,  adoro ser parte dos Pais da Arte de Ser, é uma turma porreta.

 

Se eu fosse criança e estivesse fazendo quatro anos, acho que amaria ver todo mundo em minha casa, apresentar cada brinquedo, cada cantinho e cada pedra do caminho, aliás, o caminho, um capítulo à parte. Moramos há sete minutos de caminhada da escola e, além de autorizarem a saída de seus filhos para fazermos a festa deste jeito, os pais também deixaram as crianças virem andando sob a responsabilidade das educadoras e minha. Para os pequenininhos cinco quadras em São Paulo, com calçadas esburacadas e uma grande escadaria foi uma verdadeira trilha.  Vim com o grupo dos meninos. Pedro liderando, ensinando aos amiguinhos o caminho que percorre todos os dias, alertando para os “perigos” do trajeto. Vieram andando, concentrados, de chapeuzinho, segurando numa corda. O Pedro simplesmente ama quando sai com os amigos da escola “na cordinha” – como eles dizem, porque vão todos, disciplinadamente, andando e segurando na cordinha. Eu não sei que mágica as professoras na Arte de Ser fazem, mas o fato é que eles ficam todos muito colaborativos e tranquilos com elas. Vão fazendo as coisas sem estresse, todo mundo participando. Tranquilamente, elas conduzem 15 crianças ao mesmo tempo, enquanto eu suo para conseguir tirar um filho do banho sem choro ou reclamação.
 


Foi uma tarde especial que deixou para sempre doces lembranças em nossas memórias e nossos corações! Obrigada às educadoras, em especial Leia, Lorenza e Nilmara por toda a amorosidade com que orquestram a escola e obrigada aos pais por toparem tudo com tanto entusiasmo e união!